quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Psicologia de casais 2: depois do sexo

Na peça "Duas vezes 1/4" (texto e direção de Marcelo Pedreira), um dos personagens masculinos encontra-se em um estado que me lembrou o de pós-orgasmo: há uma mulher linda insinuando-se para ele, e o pensamento que lhe vem é o de suicidar-se. Ele oferece R$500,00 para que a prostituta apenas o ouça. Ela pega o dinheiro, apostando que ele vai querer trepar com ela. O orgasmo faz-nos sentir plenitude. Mas ele passa rápido, e deixa a sensação de que o esforço de trepar e o êxtase sexual são vãos. Outra coisa que não fosse tão boa não deixaria essa sensação, quando terminasse. Você fica pensando que aquilo não é tão necessário quanto parecia quando começou. Ele e a prostituta trepam. Na conversa seguinte, ela diz nunca ter sentido prazer com um cliente, e com ele não foi diferente. Ela foi um presente de despedida da vida, para ele. Não cobrou. O cara que não quer trepar e a prostituta que sempre o convence passam a se encontrar quase todos os dias. Ele ainda não se matou.

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