terça-feira, 23 de setembro de 2014

Psicologia de casais I: Carência

É sábado à tarde, e um cara vai ao mercado buscar uma comida, para passar a noite. Retorna, prepara e se serve, assistindo tv. Lê um pouco. São sete horas. Vê o facebook. Puxa papo com uma garota, a elogia. É rápido, sugere um encontro para aquela noite. Não. Fala com outra. Não. Mas essa conversa se estende, um pouco. Ela ri com ele. Acaba e é tarde. Ele ficou com os programas chatos da tv. Falta alguém. Alguém com quem conversar, se interessar por ele e recebê-lo. Alguém com quem beijar e ir ganhando pedaços de pele, para explorar. Um abraço, no primeiro encontro, diria que está tudo bem. Agora ela: Ela chegou em casa, terça à noite, cansada. Vê os recados no zap, uns caras querendo sair de novo, mais beijos. Um deles foi namorado dela.Ela lhe diz que não pode se deixar levar pela carência. Gosta dele. Ela gostaria de fazer um bom sexo, ter um carinho. Diz não. Ela sente falta de alguém com quem dê certo, se possível, com o mínimo de discussão. Pegar novamente o ex é ver que não está conseguindo. A mulher é o útero. O útero foi a casa do homem. Da mulher, também. Mas, repito, a mulher é o útero. O homem quer voltar para ele. Seria o seu lar, ele seria o dono, se sentiria aceito com seu jeitão e ações. A mulher quer os braços do homem, mas ela se sabe útero, aquela que recebe e acolhe. Dizemos que é a mulher quem come o homem, ela manda nele. Quer se sentir novamente preenchida e completa. O homem, aceito e acolhido.

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